Doenças da superfície ocular: o que são, quais são e como prevenir
25 de setembro de 2023 2024-02-26 11:16Doenças da superfície ocular: o que são, quais são e como prevenir
![Doenças da superfície ocular: o que são, quais são e como prevenir](https://www.opticacarijos.com.br/wp-content/uploads/2023/09/medicine-health-care-eyesight-concept-unrecognizable-female-shows-her-inflated-red-eye-with-blood-capillary-scaled-770x400.jpg)
Doenças da superfície ocular: o que são, quais são e como prevenir
A superfície ocular é a parte externa do olho, que inclui a córnea, a conjuntiva, as pálpebras e as glândulas lacrimais. Ela é responsável por proteger o olho de agentes externos, como poeira, vento, luz e micro-organismos, e por manter a visão nítida e confortável.
Neste post, vamos explicar o que são as doenças da superfície ocular, quais são as mais comuns e como prevenir e tratar esses problemas. Acompanhe!
O que são as doenças da superfície ocular?
As doenças da superfície ocular são aquelas que afetam a parte externa do olho, seja por alterações na produção ou na qualidade das lágrimas, por infecções ou inflamações causadas por bactérias, vírus ou fungos, por alergias ou irritações provocadas por substâncias químicas ou físicas, por traumas ou lesões na córnea ou nas pálpebras, ou por alterações na forma ou na estrutura da córnea.
As doenças da superfície ocular podem ser classificadas em dois grupos principais: as doenças oculares externas e as doenças corneanas.
As doenças oculares externas são aquelas que afetam a conjuntiva, as pálpebras e as glândulas lacrimais. Elas podem ser causadas por infecções, alergias, inflamações ou tumores. Alguns exemplos de doenças oculares externas são:
- Conjuntivite: é a inflamação da conjuntiva, a membrana transparente que reveste o olho e a parte interna das pálpebras. Ela pode ser causada por vírus, bactérias, fungos, alergias ou irritações. Os sintomas mais comuns são vermelhidão, coceira, lacrimejamento e secreção nos olhos.
- Blefarite: é a inflamação das pálpebras, geralmente associada à presença de bactérias ou à disfunção das glândulas sebáceas que lubrificam os cílios. Os sintomas mais comuns são coceira, ardor, sensação de areia nos olhos e crostas nos cílios.
- Calázio: é um nódulo que se forma na pálpebra superior ou inferior, devido à obstrução de uma glândula sebácea. Ele pode ser confundido com um terçol (hordéolo), mas se diferencia por ser mais duro e menos doloroso. O calázio geralmente regride espontaneamente ou com compressas mornas.
- Síndrome do olho seco: é uma condição em que há uma diminuição na produção ou na qualidade das lágrimas, causando ressecamento e irritação nos olhos. Ela pode ser causada por fatores ambientais (como ar condicionado ou poluição), hormonais (como menopausa ou gravidez), medicamentosos (como antidepressivos ou antialérgicos), doenças sistêmicas (como diabetes ou artrite reumatoide) ou uso excessivo de telas digitais. Os sintomas mais comuns são ardor, coceira, sensação de areia nos olhos e visão embaçada.
As doenças corneanas são aquelas que afetam a córnea, a camada transparente que cobre a íris e a pupila. Elas podem ser causadas por infecções, traumas, alterações na forma ou na estrutura da córnea. Alguns exemplos de doenças corneanas são:
- Ceratite: é a inflamação da córnea, geralmente causada por uma infecção bacteriana, viral ou fúngica. Ela pode ser provocada pelo uso inadequado de lentes de contato, por traumas ou por doenças sistêmicas. Os sintomas mais comuns são dor, vermelhidão, fotofobia (sensibilidade à luz) e secreção nos olhos.
- Úlcera de córnea: é uma lesão na superfície da córnea, que pode ser causada por uma ceratite não tratada, por um trauma ou por uma doença autoimune. Ela pode comprometer a visão e até levar à perfuração da córnea. Os sintomas mais comuns são dor, vermelhidão, fotofobia e secreção nos olhos.
- Ceratocone: é uma alteração na forma da córnea, que fica mais fina e cônica, causando distorção e diminuição da visão. Ela pode ser causada por fatores genéticos, alérgicos ou ambientais. Ela costuma se manifestar na adolescência ou no início da idade adulta. Os sintomas mais comuns são visão embaçada, astigmatismo e miopia progressivos e intolerância às lentes de contato.
Como prevenir e tratar as doenças da superfície ocular?
A prevenção das doenças da superfície ocular envolve alguns cuidados básicos com a higiene e a saúde dos olhos, como:
- Lavar as mãos antes de tocar nos olhos ou nas lentes de contato;
- Usar lentes de contato de acordo com as orientações do oftalmologista, trocando-as no prazo indicado e limpando-as adequadamente;
- Evitar coçar ou esfregar os olhos, principalmente se estiverem irritados ou alérgicos;
- Usar óculos de sol com proteção UV para evitar a exposição excessiva à luz solar;
- Usar colírios lubrificantes para aliviar o ressecamento dos olhos, preferencialmente sem conservantes;
- Fazer pausas regulares ao usar telas digitais, piscando mais vezes e olhando para longe a cada 20 minutos;
- Manter uma alimentação saudável e equilibrada, rica em vitaminas e ácidos graxos essenciais;
- Beber bastante água para manter a hidratação do corpo e dos olhos;
- Consultar um oftalmologista periodicamente para avaliar a saúde dos olhos e detectar precocemente qualquer alteração.
O tratamento das doenças da superfície ocular depende do tipo, da causa e da gravidade de cada caso. Em geral, ele pode envolver o uso de colírios antibióticos, antivirais, antifúngicos, anti-inflamatórios ou lubrificantes, conforme a indicação médica. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de pomadas oftálmicas, compressas mornas ou frias, curativos oclusivos ou cirurgias corretivas.
O importante é não se automedicar nem ignorar os sintomas das doenças da superfície ocular. Quanto mais cedo elas forem diagnosticadas e tratadas, maiores são as chances de recuperação e preservação da visão.
As doenças da superfície ocular são problemas que podem afetar a parte externa do olho, causando desconforto, irritação e comprometimento da visão. Elas podem ser prevenidas com hábitos simples de higiene e saúde dos olhos e devem ser tratadas com orientação médica especializada.
Gostou deste texto? Então compartilhe e ajude outras pessoas a saberem mais sobre as doenças da superfície ocular!
Acesse nosso site e nossas redes sociais para mais conteúdos como este!